sexta-feira, 31 de outubro de 2014

JOÃO GUMES


JOÃO GUMES
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João Antônio dos Santos Gumes, mais conhecido como João Gumes, nasceu em 10 de maio de 1858, em Caitité, sendo seus pais  o professor. Antônio dos Santos Gomes (seu homônimo) e a professora Anna Luisa das Neves Gumes.
O patriarca da família é Luis Antônio dos Santos que saindo do Porto (em Portugal), chegou à região em 1790. Casou-se com Maria Lagoeiro e com ela teve sete filhos, entre eles João Antônio que acrescentou “Gumes” ao seu nome.
Em 1896, João Gumes publicou sua primeira produção, intitulada “O Caetiteense”, em homenagem  a Rodigues Lima, que voltava a Caetité depois de cumprir  o mandato de governador da Bahia.
Apesar de autodidata, foi professor, escritor, musicista, dramaturgo, tipógrafo, pintor, memorialista, historiador, advogado provisionado e jornalista. Como jornalista  muito se destacou; tornou-se tão famoso que o governador Góes Calmon fez questão de conhecê-lo,  alegando que João Gumes era um nome respeitado em todo o sertão. Como musicista é autor de várias partituras.  Na pintura, merece destaque um retrato de Alan Kardec, de sua autoria.
Em 1897,  adquiriu o primeiro prelo do alto sertão  e  editou o jornal “A Penna”, decano da imprensa sertaneja, o segundo do interior da Bahia. Neste jornal  se envolveu  em uma polêmica com o bispo da dioscese de Caetité, dom Manuel Raimundo de Melo, motivada pelo  apoio que deu ao Colégio Presbiteriano, do pastor Henry John McCall.
"A Penna” foi editado de 1897 a 1942, apesar de  algumas interrupções. De suas oficinas sairam outros pequenos jornais tais como  “O Lápis”, “A Filhinha”, “O Arrebol” e o “Boletim Paroquial”
Católico praticante, participou da criação da Diocese de Caetité e de diversos projetos comunitários   como o do Colégio Presbiteriano  e o do Mercado Público.  
Sua bibliografia é extensa, dela constando o drama “Abolição”, (comemorativo da Lei Áurea) e o romance “O Sampauleiro” (alusivo à imigração baiana para São Paulo),  “A Vida Campreste”, “Intriga Doméstica”, “Origem do Nome Caetité”, “Seraphina”, “A Sorte Grande”, “Pelo Sertão”  e  “Os Analfabetos”,
João Gumes é um dos patronos da  Academia Caetiteense de Letras e da Academia de Letras de  Guanambi.
Em 1905, convertido ao espiritismo criou, com  Aristides Spínola, o “Centro Psiquico de Caetité”, depois denominado “Centro Espírita Aristides Spínola”, do qual foi diretor. Este Centro é um dos mais antigos do Brasil. Ao lado do Centro, fundou um pequeno jornal, denominado “Lux”.
João Gumes faleceu no dia 29 de abril de 1930, merecendo, por iniciativa de Afrânio Peixoto,  um voto de pesar na Academia Brasileira  de Letras.
Pedro Calmon, em sua “História da Literatura Brasileira”, faz referência a este grande baiano, luminar do sertão..
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