quinta-feira, 9 de outubro de 2014

ÁLVARO BAHIA


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Álvaro Pontes Bahia, mais conhecido como Álvaro Bahia, médico pediatra e professor de medicina,  nasceu em Salvador,  no dia 17 de dezembro de 1891, sendo seus pais José Estanislau Bahia e Júlia Pontes Bahia.
Realizou os estudos preparatórios na capital baiana, após o que se matriculou na Faculdade de Medicina da Bahia, sendo por ela diplomado em 27 de dezembro de 1913.
A partir de 1915, voltou-se para às políticas públicas de proteção à infância e, conseqüentemente, à Pediatria e a Puericultura.
Naquela época, Salvador era uma cidade provinciana, com aproximadamente quatrocentos mil habitantes. O índice de mortalidade infantil era altíssimo de: cem crianças nascidas, quarenta morriam antes de completar um ano de idade.
Esta situação, verdadeiramente calamitosa, chamou a atenção do Dr. Álvaro  Bahia,  assistente do Prof. Martagão Gesteira, prof. catedrático da Faculdade de Medicina da Bahia. 
Assim motivado, Álvaro Bahia  inaugurou, em 12 de outubro de 1923, a Liga Bahiana Contra a Mortalidade Infantil que funcionou inicialmente  no andar térreo do Liceu de Artes e Ofícios, na Rua Guedes de Brito. A data da inauguração da Liga, com o passar do tempo, passou a ser considerada o “Dia da Criança”,  em todo o Brasil.
Com a transferência do Prof. Martagão Gesteira para o Rio de Janeiro, o Dr. Álvaro Bahia assumiu a cátedra de Clínica Pediátrica, bem como a presidência da Liga.
Em 1956, o Prof. Álvaro Bahia assumiu, também, a cadeira de Pediatria e Puericultura, na Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, assim permanecendo até 1964, quando faleceu.
Sua paixão pela pediatria e pela puericultura transformou  Álvaro Bahia em um batalhador incansável, cuja fama sensibilizou o poder público  e a população.  Esta luta repercutiu no exterior. Em 1945,  o “Children’s Bureau” o convidou para visitar hospitais e instituições pediátricas em Maryland, Missouri, Ilinois, Ohio, Michigan, Baltimore e New York, nos Estados Unidos..
Após oito meses de permanência naquele país,  Álvaro Bahia regressou à terra natal com a  ideia de construir um hospital aos moldes norte-americanos, dedicado exclusivamente à assistência infantil.
A pedra fundamental foi lançada em 3 de junho e 1946, pelo Ministro Souza Campos, da Educação e Saúde.
A construção levou dezoito anos. Foram dezoito anos de luta, luta que mobilizou a classe médica, a sociedade baiana e as autoridades de saúde, nos âmbitos municipal, estadual e federal.
Álvaro Bahia planejou o hospital em seus mínimos detalhes. A inauguração foi adiada repetidamente porque o idealizador tinha certeza que, sem a alocação de recursos humanos qualificados, sua manutenção seria praticamente  impossível.
Álvaro Bahia,  glória da medicina baiana, faleceu em 8 de outubro de 1964, aos setenta e dois anos de idade, sem ver o seu hospital inaugurado.
Disse seu discípulo, Prof. Eliezer Audífice: “Sonhando, idealizando, planejando, Álvaro Bahia procurou concretizar seu ideal. Onde havia uma porta a bater ele corria até lá, na expectativa de ajuda para levar avante essa grande obra. Apelou para governantes, para nossos representantes nos poderes legislativos federais, estaduais e municipais, bancos, comércio, classes produtoras, colônia baiana no Rio, colônias estrangeiras na Bahia, a fim de angariar fundos para a construção. . Inúmeras foram suas noites de insônia por preocupações com o ideal.  Não havia interesse que o fizesse dele desviar-se. Pouco a pouco se foi afastando da clínica para dedicar-se mais e mais à sua obra, e mesmo com as forças combalidas pela doença seu ânimo não arrefeceu. Só se extinguiu com a sua vida. Não foram pequenos os dissabores sofridos pela incompreensão de alguns, a vaidade de outros, a crítica dos incapazes e a dúvida dos dúbios”.
Disse mais, o Prof. Audífice:  “Também não lhe faltou a solidariedade de muitos, como entre outros, a de Wolter Wolthers, cidadão holandês, presidente da Philips do Brasil e seu vice internacional, a quem a justiça e o reconhecimento forçaram a citação do nome, numa homenagem póstuma a quem, não sendo brasileiro, mas contagiado pelo idealismo de Álvaro Bahia, muito ajudou o “seu hospital”. Não fora ele, grande parte do excelente material importado ter-se-ia perdido, por não dispor a instituição, muitas vezes,, do numerário necessário para a compra de câmbio oficial, com o prazo de validade limitado, conseguido com grande trabalho.
 FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

1- Álvaro Pontes Bahia. Disponível em http://www.http//paginas.terra.  com.br/esporte/rsssfbrasil/Tables/rgp1970.htm. Acesso em 23 de novembro de 2008.
2-  Álvaro Bahia.Disponível  em http://www.smec.salvador.ba.gov.br/escola   =dados.php?escola=457. Acessso em 23 de novembro de 2008. 
3- Álvaro Pontes Bahia.  Disponível em http://www.cultura.salvador.ba. Br/mapeamento-cultural-escolasmunicipaisinformações.php?escola=457. Acesso em 23 de novembro de 2008.
4- Benício dos Santos, Itazil -  Itinerário de Ideais e Compromissos. Empresa Gráfica da Bahia, 1987.
5- Lima, Antônio – Setenta e cinco anos da Liga Álvaro Bahia Conra a Mortalidade Infantil. Sessão Especial realizada na Câmara Municipal de Salvador, em 17 de junho de 1998.
6-Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Feira de Santana, 2008.
 
 
 
 

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