terça-feira, 9 de setembro de 2014

MARQUÊS DE MURITIBA


MARQUÊS DE MURITIBA
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Manuel José Vieira Tosta, primeiro barão, visconde com grandeza e marquês de Muritiba, juiz, desembargador e político brasileiro, nasceu em Cachoeira, em 12 de julho de 1807, sendo seus pais Manuel Vieira Tosta e Joana Maria da Natividade Tosta.
Concluído o curso de humanidades, seguiu, em 1824,  para a Europa onde se matriculou no curso de direito da Universidade de Coimbra. No último ano do tirocínio  acadêmico, transferiu-se para a Faculdade de Direito de São Paulo onde se diplomou em 21 de outubro de 1831.
Formado, foi nomeado Juiz de Fora do termo de Cabo Frio e Macaé, onde serviu por cerca de dois anos. Ao cabo deste tempo, foi transferido para a cidade de Cachoeira. Ali, durante a Sabinada, se portou de modo enérgico e proveitoso, assumindo as funções de chefe de polícia.
Em 1838, foi eleito deputado pela Bahia.  Foi desembargador em Pernambuco , presidente de Sergipe e presidente do Rio Grande do Sul.
Eleito senador, tornou-se, sucessivamente, ministro da Marinha, da Justiça e da Guerra.
Em 1855, durante a epidemia de cólera, desempenhou importante papel junto ao governo no sentido de debelar o flagelo que vitimou milhares de conterrâneos.
Sua esposa, Maria José Velho de Avelar, foi amiga íntima da princesa Isabel, sendo agraciada com o título de dama do Paço.
Relata Antônio Loureiro de Souza que o Marquês de Muritiba foi testemunha do assassinato de Júlia Fetal, (1847). “Vieira Tosta, diz ele, que se encontrava em casa, vizinha àquela em que ocorrera a cena, acudiu aos brados lançados pela vítima e pelos de sua família, chegando em tempo de evitar cometesse Lisboa mais outro crime, na pessoa da mãe da pobre vítima”.
O senador Manoel José Vieira Tosta faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1896, com a avançada idade de 89 anos.
Havendo ocupado diversos e importantes cargos  na vida pública brasileira, o Marquês de Muritiba foi, sempre, um dos caracteres mais probos do seu tempo. Pela cultura, pelo alto descortínio administrativo, pela irrepreensível conduta, conquistou as graças de D. Pedro II, que lhe confiou, por várias vezes, a gestão de pastas no seu gabinete e a admiração dos seus contemporâneos pela maneira por que sempre se houve nesses postos. No parlamento representou o seu Estado, e ali teve destacada atuação. Como magistrado, foi dos mais íntegros.” (Antônio Loureiro de Souza).
Pedro Celestino da Silva acrescenta: “Foi um varão forte e um político que soube aproveitar os exemplos de abnegação e dedicação à causa da Pátria, que lhe deram os grandes brasileiros que viu e conheceu na sua mocidade”.
                        

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