terça-feira, 10 de junho de 2014

ANTÔNIO JOAQUIM FRANCO VELASCO


O SALVADOR E O PRECURSOR- PRANCO VELASCO
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Antônio Joaquim Franco Velasco, mais conhecido como Franco Velasco, pintor e professor, nasceu em Salvador, em fevereiro de 1780, sendo seus pais Mateus Franco da Silva e Molina Velasco.
Foi batizado no dia 3 de outubro de 1780. Seu pai morreu quando ele era criança, mas sua mãe lhe deu educacação esmerada. Desde cedo revelou tendência para pintura, desenho e  literatura..

Foi aluno, provavelmente, de José Joaquim da Rocha (1737-1807), mas sua arte não revela grande influência desse mestre. Sua preferência  era o retrato e a figura de modelo vivo. Dos retratos que pintou, destacamos os do Conde dos Arcos, Dom Romualdo Coelho,  João Ladislau de Figueiredo e Melo, Pedro Gomes Ferrão, Jerônimo Bonaparte (pintado quando o ilustre retratado visitava Salvador) e D. Pedro I. São de sua autoria dois trabalhos hoje expostos na Fundação Catro Maya do Rio de Janeiro, denominados “Retrato de uma Senhora” e “Menino com Cachorro”, ambos pintados em 1817. Mesmo assim realizou pintura perspectivista nas Igrejas da Matriz de Santana (1813) e  Senhor do Bonfim (1818-1820), em Salvador e na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento,em Itaparica. Seus retratos revelam que o autor era um  “desenhista correto e discreto colorista, capaz de penetrar a psicologia de seus modelos”

Velasco gosta de ler, era conhecedor de línguas estrangeiras e estudioso da vida dos grandes pintores.

Em 1821, após ter oferecido duas pinturas a D. João VI, foi nomeado professor substituto da Aula Pública de Desenho de Salvador, cargo no qual foi efetivado quatro anos depois.
Sua obra é uma transição entre o rococó e neoclássico,  seus quadros tinha grande apreço no Brasil e em Portugal e seu estilo mesclava elementos setecentistas com novos ingredientes aqui plantados pela “Missão Artística Francesa”
Deixou muitos  alunos, dentre os quais destacamos Bento José Rufino Capinam (1791-1874) e José Rodrigues Nunes (1800-1881).
Em 3 de março de 1883, quando estava pintando o forro  da nave e o douramento da capela-mor da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitenciária, em Salvador, foi surpreendido pela morte. José Rodrigues Nunes concluiu o trabalho, de acordo com os originais deixados por Velasco.
Lembrar Franco Velasco é recordar um artista baiano, injustamente, esquecido pelos conterrâneos, cujo valioso auto retrato faz parte da pinacoteca do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia”. (Consuelo Pondé de Sena).
 
 
 

Um comentário:

  1. Olá, muito interessante sua postagem, muito bom saber sobre um artista tão interessante. Uma das pinturas dele que quase não é citada, senão nunca, é a do Frei Caetano Brandão. Fiz um post sobre ela em meu blog, se quiser ler, https://belemepoque.blogspot.com.br/2017/05/eternizados-em-nossas-ruas-ou-pracas.html

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