quinta-feira, 26 de junho de 2014

ALEXANDRE GOMES DE ARGOLO FERRÃO







BRASÃO  DA  FAMÍLIA  FERRÃO

alexandre+gomes+de+argolo+ferrão





Alexandre Gomes de Argolo Ferrão, marechal de campo e herói da Independência, primeiro e único Barão de Cajaíba, nasceu em 1800, na freguesia da Vila de São Francisco do Conde.

Filho de importante família de ricos senhores de engenhos que teve origem em seu pai,  José Joaquim de Argolo e Queirós,  construtor do sobrado do  Engenho da Ilha de Cajaiba e senhor do Engenho Itatingui. Sua mãe, Maria Joaquina Gomes Ferrão Castelo Branco, era descendente de Antônio Gomes, patriarca da família.
Em 21 de outubro de 1807, com pouco mais de seis anos de idade, foi investido no posto de cadete. A partir dos dez anos  subiu todos os degraus da hierarquia militar: alferes, aos dezoito anos; tenente, aos vinte; capitão aos vinte e quatro; sargento-mor (major), aos vinte e seis; tenente-coronel e depois coronel, aos trinta e oito; brigadeiro aos quarenta e dois e  marechal de campo aos cinqüenta e dois.
Em 1821, foi deputado pela Bahia às cortes portuguesas; em 1822, fez a campanha da Independência; em  1831, foi encaregado do policiamento das Vilas de Santo Amaro da Purificação e São Francisco do Conde; em 1837, comandou a brigada que combateu os revoltosos da “Sabinada”; em 1838, assumiu a   Vice-Presidente da província da Bahia (cargo que exerceu durante vinte anos); em 1865  foi presidente da Bahia; em 1860, foi veador de Sua Majestade a Imperatriz.
Durante a luta pela Independência, comandou um batalhão de caçadores na batalha de Pirajá e ”combateu bravamente contra os portugueses e passou à história como  militar brioso e valente.  Na “Sabinada”  foi “um dos que mais lutaram, contribuindo, decisivamente, para sufocar o levante” (Antônio Loureiro de Souza), Na “Guerra dos Farrapos” lutou com  com  coragem,  valentia e patriotismo.
Era dono do Engenho de Cajaiba, situado na ilha do mesmo nome. Como proprietário de escravos  tinha fama de cruel. Diz Antônio Loureiro de Souza: “Apontam-no como um caráter excessivamente rígido, impulsivo, violento, implacável mesmo. As suas ações na vida privada como latifundiário, eram, talvez, algo ásperas, menos benevolentes do que deveriam ser. O que se não poderá contestar, entretanto, é o seu patriotismo e a sua bravura nos campos de batalha, conduzindo as nossas forças armadas com um alteraria incontestável” A respeito de sua crueldade com os escravos, contam que certa feita um visitante elogiou os seis de uma de suas escravas. O Barão, no fim da refeição, presenteou o convidado com os belos seios em uma bandeja.
Era comendador da Ordem de São Bento de Avis, comendador da Ordem de Cristo, oficial da Ordem da Rosa, Medalha da Independência e Barão com honras de grandeza. A Imperial Ordem de São Bento de Avis é uma antiga ordem militar brasileira, originada da Ordem de Avis de Portugal. A Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma antiga ordem honorífica do Brasil, originada da Ordem Militar de Cristo. (depois da Ordem da Rosa, é a que possui maior número de titulares). A Imperial Ordem da Rosa é uma ordem honorífica brasileira, criada em 27 de fevereiro de 1829 pelo Imperador D. Pedro I para perpetuar a memória de seu casamento, em segundas núpcias, com Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstädt)
No fim da vida, o marechal Alexandre Gomes de Argolo Ferrão  recolheu-se a uma propriedade que possuia no Recôncavo, onde faleceu em 10 de maio de 1870, com setenta anos. Deixou um filho, Alexandre Gomes de Argolo Ferrão Filho, que foi, depois, o Visconde de Itaparica.
 

2 comentários: