terça-feira, 13 de maio de 2014

ALMACHIO DINIZ GONÇALVES



http://pt.wikipedia.org/wiki/Almachio_Diniz


Almachio Diniz Gonçalves, advogado, jurista, professor, escritor e poeta, nasceu em Salvador, no dia 7 de maio de 1880, sendo seus pais o farmacêutico e naturalista Adolfo Diniz Gonçalves e Maria Rosa Guimarães Diniz Gonçalves.
Estudou as primeiras letras, e os preparatórios, em Salvador, onde se matriculou na Faculdade de Direito da Bahia e se bacharelou em ciências jurídicas e sociais, no ano de 1899.  Três anos depois, tornou-se professor de Filosofia do Direito, e lente substituto de Direito Civil, por concurso, da mesma Faculdade.
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Transferido para o Rio de Janeiro, tornou-se Livre Docente e catedrático da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, onde lecionou Direito Civil. Pouco depois, foi um dos fundadores da Faculdade Teixeira de Freitas, em Niteroi.

Almachio Diniz foi Presidente de Honra da extinta Academia Baiana de Letras, fundada em 1911: proferiu  seu discurso de instalação e ocupou, como membro-fundador, a Cadeira de número 11. Em 1917, fundou, com outros companheiros, a Academia de Letras da Bahia, onde ocupou a Cadeira de número 37.  Em 1934, fez-se membro-fundador da Academia Cariosa de Letras, onde ocupou a Cadeira de número 3. Foi membro correspondente do Instituito Histórico e Geográfico de Sergipe  esócio efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros.
Como crítico teatral, colaborou com os jornais  “A Bahia” e  “Diário da Bahia”, de Salvador.
Almachio Diniz,  ao candidatar-se à vaga deixada por Euclides da Cunha na Academia Brasileira de Letras, encontrou como oponente outro baiano, Afrânio Peixoto. Estabeleceu-se notável contenda que terminou com a eleição do seu opositor, na época um  jovem médico cuja candidatura fora lançada à revelia por Mário de Alencar. Almachio Diniz tentou infressar na Academia Brasileira de Letras em outras três ocasiões, sendo em todas recusado. Suas candidaturas foram tema de um livro de Renato Berbet de Castro, publicado em 1999.
Sua obra é imensa e variada. Escrevia quase ao mesmo tempo vários livros sobre assuntos diferentes, pelo que mereceu o apelido de “Almanaque Diniz”. Para Antônio Loureiro de Souza, Almachio Diniz era possuidor de “uma formação enciclopédica, rara entre seus contemporâneos...... nos diversos ramos da cultura humanística, ele foi brilhante e profundo”. Publicou imensa variedade de textos sobre direito, literatura, filosofia, política e assuntos os mais diversos. Monista, empolgou-se pela análise filosófica de Haeckel. Kant era a sua referência máxima. Padre Leonel Franca escreveu que Almaquio Diniz Gonçalves tinha uma concepção biológica e mecânica materialista e, por isto não o citou na sua História da Filosofia.
De sua produção, destacamos:
Ensaios Filosóficos Sobre o Mecanismo do Direito. Salvador, 1906.
Pavões. (romance) Salvador, 1908.
Zoilos e Estetas. (crítica literária). Porto, 1908.
Questões Atuais de Filosofia e Direito. Rio de Janeiro, 1909.

O Diamante Verde. (romance) Lisboa, 1910. .

A Carne de Jesus. (estudo filosófico). Salvador : Livraria Gomes Carvalho, 1910 .
Sociologia e Critica; estudos, escriptos e polêmicas. Porto : Magalhães & Moniz, 1910. .
Um Artista da Moda. Lisboa, 1910.

Serpente. Salvador, 1911. 

Mundanismo. Coimbra, 1911.
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Troféus em cinzas. (peça teatral). Salvador, 1911.
Curso de Enciclopédia Jurídica. Salvador, 1913.
Bodas Negras. (romance). Rio de Janeiro, 1913.
Direito da Família. (Manuais Alves). Rio de Janeiro, 1916. .
Direito das Coisas. (Manuais Alves). Rio de Janeiro, 1916.
Direito das Sucessões. (Manuais Alves). Rio de Janeiro, 1916.
Direito das Obrigações. (Manuais Alves). Rio de Janeiro, 1916. .
Direito Público Constitucional. Rio de Janeiro, 1917. 346 p.
Teoria Geral do Processo ou Teoria das Ações. Salvador, 1917.

Almachio Diniz morreu em 1927, com 57 anos de idade.
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