quinta-feira, 3 de abril de 2014

JOSÉ TEÓFILO DE JESUS


A MORTE DE JUDAS MACAGEU - JOSÉ TEÓFILO DE JESUS
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José Teófilo de Jesus, mais conhecido como Teófilo de Jesus, pintor, dourador encarnador e decorador,  nasceu em Salvador, no ano de 1758, sendo seus pais Antônio Feliciano Borges e Josefa de Santana.

Iniciou sua vida artística bem jovem, como discípulo de José Joaquim da Rocaha, criador da Escola Baiana de pintura, mas nunca o superou. Com ele  aprendeu a dourar e pintar figuras secundárias de tetos e painéis. Em 1788, entrou para o serviço militar e em 1893 foi contratado pela Sé de Salvador para fazer quatro pinturas para a Capela do Santíssimo Sacreamento.

Em 1794, viajou para Lisboa, onde frequentou a Academia do Desenho, estudou na Aula Régia instalada na Real Casa Pia, foi aluno de Pedro Alexandrino de Carvalho e  se familiarizou com as obras de  Batoni, Lusitano e Rubens.

Em 1801, regressou para a Bahia e iniciou a fase produtiva de sua existência. Pintou quatro painéis para a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, as naves das igrejas  da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo e dos Órfãos de São Joaquim  e  os painéis laterais dos altares da Igreja de Ordem Terceira de São Francisco. Também merecem destaque as pinturas que realizou no mosteiro dos Beneditinos e  nas igrejas de Nossa Senhora da Graça, Nossa Senhora da Barroquinha e Nossa Senhora do Pilar; os painéis das igrejas de Nosso Senhor do Bonfim e da  Ordem Terceira de São Francisco;  os 23 retratos de santos, beatos e eminências da Ordem dos Capuchinhos e as 14 estações da Via Sacra da Matriz de Maroim, em Sergipe. Ainda merecem destaque os quatro painéis das paredes laterais da Capela do Santíssimo Sacramento da Sé Primacial; o quadro do Senhor do Bonfim, para a Santa Casa de Misericórdia da Bahia  e muitos outros trabalhos sacros.

Algumas de suas obras de cavalete estão preservadas no Museu de Arte da Bahia.

Em Sergipe, trabalhou em Maroim, Divina Pastora e Itaporanga, bem como em Itaparica (Bahia). Sua produção é imensa. Carlos Ott, em seu livro “A Escola Baiana de Pintura”, lista 131 obras atribuidas a Teófilo de Jesus, todas elas realizadas na Bahia e em Sergipe.

Além de retratos e pinturas de cunho religioso, pintou cenas históricas e alegóricas como, por exemplo, Judith e Holofernes, O Rapto de Helena,  o conjunto de alegorias dos quatro continentes (América, África, Ásia e Europa) e o retrato de ;D. Pedro I, encomendado pela Prefeitura de Salvador, quando o pintor estava no auge de sua fama.

Alguns entendidos dizem que Teófilo de Jesus é “o Rafael baiano”.

Faleceu em 19 de julho de 1847, depois de cair de um andaime enquanto pintava o teto da Matriz de Divina Pastora (por sinal, uma de suas melhores obras), Morreu quase na penúria: cobrava pouco pelos seus trabalhos e no fim da vida tinha poucas encomendas. Dentre seus raros alunos, destacamos João Francisco Lopes e Olimpio Pereira da Mata.

Maria de Fátima Hanaque Campos, da Universidade Estadual de Feira de Santana, em sua “Revisão da Escola Baiana de Pintura”, faz o estudo da vida e obra do pintor José Teófilo de Jesus.



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