quarta-feira, 2 de abril de 2014

DOMINGOS BORGES DE BARROS, VISCONDE DE PEDRA BRANCA


DOMINGOS BORGES DE BARROS, VISCONDE DE PEDRA BRANCA
                https://www.google.com.br/#q=visconde+de+pedra+branca



Domingos Borges de Barros, visconde de Pedra Branca, advogado, escritor, poeta, diplomata, político e senhor de engenho, nasceu em Salvador, no dia 10 de outubro de 1780, sendo seus pais o capitão-mor Francisco Borges de Barros e Luiza Clara de Santa Rita Borges, senhores do Engenho de São Pedro, na Freguesia do Rio Fundo, Comarca de Santo Amaro da Purificação.

Para Antônio Loureiro de Souza, Domingos Borges de Barros nasceu em Santo Amaro.

Iniciou e  concluiu as primeiras letras em sua terra natal, e fez o secundário em Lisboa, no Colégio dos Nobres. Em 1800, matriculou-se na  Universidade de Coimbra, sendo por ela diplomado em ciências jurídicas e sociais no dia 6 de julho de 1804.
Viveu algum tempo em Lisboa, onde se dedicou à literatura, convivendo com Bocage, Filinto Elísio e José Agostinho de Macedo. Fez traduções do grego, latim, francês e italiano, de obras de Safo, Vergílio, Delille, Parny, Voltaire, La Fontaine, Metastasio e outros.

Viveu em Paris, durante a Revolução Francesa, sendo preso, em 1806. Durante o tempo em que permaneceu na prisão, escreveu um dicionário Português-Francês, Francês-Português, em dois volumes. Em 1810, fugiu para os Estados Unidos, onde permaneceu algum tempo em Filadelfia e Nova York.

Em 1811, voltou para à Bahia. Aqui chegando, foi preso sob suspeita de ser  agente a serviço da  França, contra Portugal. Transferido para o Rio de Janeiro, foi julgado e posto em liberdade.

Regressando à Bahia, casou-se em 20 de maio de 1814, com D. Maria do Carmo de Gouvêa Portugal, viúva do coronel Manoel Ferreira de Andrade, “ricamente dotada”.

Em 1821, voltou à Europa como Deputado às Cortes de Lisboa. Como deputado  apresentou vários  projetos. Em um deles, propôs a emancipação do sexo feminino. Em outro, propôs a extinção do tráfico dos africanos e a emancipação gradual dos escravos. Finalmente, abandonou as Cortes, por  não querer  jurar a Constituição.

Proclamada a Independência, Borges de Barros foi enviado à Lisboa e  Paris,  com a missão de conseguir o reconhecimento do governo de Portugal e da França. Missão difícil: somente a 11 de fevereiro de 1826, conseguiu apresentar suas credenciais, e, con seqüentemente, o reconhecido do Império do Brasil. Como recompensa, foi agraciado com o título de Barão.

Depois, Foi senador do Império, e encarregado de acertar  o casamento de D. Pedro I com a princesa D. Amélia de Leuchtenberg.

Agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo e a da Imperial Ordem da Rosa, recebeu do Imperador o título de visconde de Pedra Branca.

Como historiador, pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Como grande do Império, foi o pai da Condessa de Barral, preceptora da Princesa Isabel.

Cercado pela admiração de todos, faleceu em 20 de março de 1855, aos 74 anos, sendo enterrado no Cemitério do Campo Santo, em Salvador.

“Honrou as letras e soube bem servir à pátria, prestando-lhe os mais assinalados serviços, quer no parlamento, onde a sua atividade foi brilhante e profícua, quer no estrangeiro, onde, por varias vezes, representou os interesses do Brasil, sempre com inexcedível atitude. Guarda-lhe a pátria, por isso, o nome venerando, que se acha inscrito entre os maiores brasileiros” (Antônio Loureiro de Souza).










:















Nenhum comentário:

Postar um comentário