quinta-feira, 13 de março de 2014

174- JUAREZ PARAISO

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JUAREZ PARAISO



Juarez Marialva Tito Martins Paraíso, mais conhecido como Juarez Paraíso, pintor, cenógrafo, gravador, publicitário, fotógrafo, decorador,  figurinista, desenhista, professor e crítico de arte, nasceu em Arapiranga, Bahia, no ano de 1934.

Juarez Paraiso  “é artista gráfico de todas as técnicas (xilogravura, metal, serigrafia, offset) e pintor de todas as tintas (do pincel à pistola): é um artista completo.” (Gutemberg Moura).

Quanto completou 4 anos de idade, seus pais mudaram-se para Salvador, e em Salvador lhe propiciaram  as primeiras letras. Sua mãe era exímia tocadora de bandolim e seu pai era professor.

Aos 14 anos, ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia, onde  foi aluno de Raymundo Aguiar, Alberto Valença, Emídio Magalhães e Mendonça Filho.

Aos 16 anos, começou a carreira do magistério, ensinando desenho. Aos 20 anos, lecionou didática especial de desenho e desenho de modelo vivo e logo em seguida formou-se em pintura, gravura e escultura.

Formado, começou a lecionar na Universidade Federal da Bahia onde, alguns anos depois,  assumiu a direção da Escola de Belas Artes.

Tornou-se crítico de artes plásticas, e como tal colaborou no jornal “Diário de Notícias”.

Em 1955 e 1968, realizou as bienais de artes plásticas na Bahia, . A partir de 1975, dedicou-se à fotografia, desenho, tapeçaria e murais.
Em 1984, executou o painel da Biblioteca Central da UFBa e na década de 90 ilustrou os poemas “Bandido Negro” e “Saudações a Palmares”, no livro “Castro Alves:Poesias”.

Desde a juventude demonstrou grande interesse pelas histórias de quadrinhos, muito particularmente as referentes a Flash Gordon, Tarzan, Príncipe Valente  e  Spirit (o que se refletiu em seus trabalhos posteriores).

Era um idealista. Tomou parte ativa na fundação de uma associação de artistas modernos e de um sindicato, além de lutar pela regulamentação da profissão. Fez diversos murais, monumentos, esculturas e decorações de Carnaval. No cinema, interpretou Pedro Arcanjo, no filme “Tenda dos Milagres”, dirigido por Nélson Pereira dos Santos.

Além de realizar exposições na Bahia e em outros estados, realizou mostras de sua arte no Peru, Espanha, Chile e Estados Unidos, onde seus trabalhos em pintura, desenho, fotografia, serigrafia, gravura e tapeçaria foram muito apreciados.

Em 1996, tendo concluído seu mandato de diretor da Escola de Belas Artes, aposentou-se, e recebeu o título de Professor Emérito da UFBa.

Jorge Amado descreveu Juarez Paraiso, dizendo que ele é...”é solidário com a vida, com a luta do homem, com as vocações violentas, e com os jovens; é armado em guerra contra a injustiça, a miséria, as limitações, contra tudo quanto lhe parece feio e mau; é solidário com seu tempo, sua terra, seu povo e seus artistas; é generoso, militante, solidário promotor de cultura, criador vário e inquieto, que não se parece com nenhum outro”.

Gutemberg Moura disse que Juarez é “temido e odiado pelos acadêmicos, rejeitado pelos medalhões e amado por seus alunos. Ele faz parte da segunda geração de artistas baianos modernos”.

Matilde Matos sentencia: “Artistas talentosos, há muitos. São raros os que fazem da arte a razão primordial de suas vidas e se dedicam em pensamentos, palavras e obras à sua evolução. Entre esses, com a capacidade de liderar movimentos que provocam mudanças no espaço da arte, destaca-se um em privilegiadas gerações. Da que surgiu nos anos 60, esse artista é Juarez Paraíso. Juarez Marialva Tito Martins Paraíso nasceu sob o signo de Virgem e seu santo é Oxossi. Acredita no amor, na solidariedade e no homem”.

FONTE: Blog do Gutemberg. Disponível em  http://blogdogutemberg.blogspot.com.br/ Acesso em 13 de março de 2014.


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