segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

158- GILENO AMADO


ITABUNA, BAHIA - TERRA DO CACAU


Gileno Amado de Faria, mais conhecido como Gileno Amado, nasceu em Estância (Sergipe), no dia 4 de janeiro de 1891, sendo seus pais Melchisedech Amado de Faria (Melk, para o íntimos) e Ana Azevedo da Silveira Amado. O casal teve 15 filhos. Em Estância nasceram Gilberto, Iaiá, Petina e Gileno. Em Itaporanga, para onde a família se transferiu depois, nasceram Maria Zulmira, Genoline, Gilson, Gentil, Gildo, Gillete, Genolino, Gildásio e Genne. O caçula, Gennyson, nasceu em Aracaju. Giuseppe nasceu casualmente em Estância, algum tempo depois. Melchisedech era comerciante de açúcar e chefe da facção política conhecida como “cabaús”, em Itaporanga.

Gileno estudou as primeiras letras em Estância, onde completou sua instrução primária.

Concluídos os preparatórios, matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife. Em 1908, ainda estudante do curso de direito, foi para Itabuna, no sul da Bahia,

Em 1911, concluiu o curso de direito na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e retornou para Itabuna, para ocupar o cargo de Delegado Escolar.

Em 1917, iniciou a carreira política, fundou um jornal “A Época” e, aliado a Antônio Pessoa em Ilhéus muito contribuiu para a volta de J. J. J. Seabra ao governo do Estado.

Em 1923, foi eleito presidente do Conselho Municipal de Itabuna e exerceu, em caráter de interinidade, o governo do município, em substituição ao titular  José Kruschevisk.

Em 1924, foi eleito deputado estadual, sendo líder dos governadores J.J. Seabra e Góes Calmon.

Eclodida a Revolução de 1930, Gileno Amado e seu grupo político apóiou Getúlio Vargas, do que resultou a criação do Instituto de Cacau da Bahia.

Em 1933, Juracy  Magalhães, atendendo reivindicação de Gileno Amado,  implantou os serviços de água e esgoto em Itabuna
Em 1934, entrou em choque com João Mangabeira e o “Movimento Autonomista”, ocasião em que protagonizou sério incidente político durante um comício realizado em Ilhéus.

Eleito deputado federal constituinte em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro onde permaneceu breve período, em função de ter regressado para Salvador, a convite do governador Juracy Magalhães, para  assumir a Secretaria da Fazenda.

Em 1951, foi eleito, mais uma vez, deputado federal e, por breve tempo, exerceu  o governo do município.

Gileno Amado e sua esposa, Amélia Berbet Tavares, realizaram importantes obras filantrópicas de cunha educacional e cultural na região do cacau. São fundadores de diversas instituições,  tais como a  Ação Fraternal de Itabuna, a Faculdade de Filosofia, o Teatro Estudantil de Itabuna e a Fundação Gileno Amado, entre outras. Contribuiu para a implantação da CEPLAC, doando uma área de 160 hectares de terra para instalação da estação experimental de Jussari.

Foi  ótimo patrão. Antes de aposentar seus servidores, em um período em que não existiam as leis trabalhistas, tinha o hábito de entregar pequenas roças de cacau a título de indenização. Em decorrência dessas ações, foi agraciado pelo Papa Pio XII com o Grau de Comendador do Vaticano.

Em 1955, Gileno Amado se retirou da política para se dedicar inteiramente ao desenvolvimento de Itabuna. Ele tinha verdadeira obsessão  pelo progresso grapiúna, pelo que a Câmara de Vereadores lhe concedeu, em 1963, o título de cidadão honorário do município. Este título foi conferido também à sua  esposa, 9 anos depois.

Gileno Amado faleceu em 25 de julho de 1969, aos 78 anos, vítima de acidente automobilístico.












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