quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TATTI MORENO


 
TATTI MORENO




Octávio de Castro Moreno Filho, mais conhecido como Tatti Moreno, nasceu em Salvador, no dia 18 de dezembro de 1944.
Sua família tem intimidade com as artes. A mãe e a irmã são pintoras, pianistas e poetisas e o irmão é baterista, e parceiro de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânea e Gilberto Gil.
A vocação artística de Tatti Moreno despontou aos doze ou treze anos, quando ele, ainda menino, manipulava sucatas e bonecos de arame.  Começou criando  símbolos e imagens do culto afro-brasileiro. Depois, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde foi aluno de Mário Cravo Júnior e de outros artistas baianos. O passo seguinte foi a confecção em latão, aço inoxidável e alumínio.
As criações  de Tati Moreno são modeladas  em argila e repassadas para o gesso e a madeira. São fundidas em resina de poliéster, encaixadas e banhadas  com  verniz e resina. São esculturas pesadas: algumas, como  Oxalá, Xangô, Ogum, Ede, Iemanjá, Iansã, Nanã e Oxum,  chegam a pesar uma tonelada.  O  transporte para os locais das exposições, é muito trabalhoso e duram, às vezes, alguns dias. As peças pequenas, de 15 a 90 centímetros de altura, feitas de latão.
“Tatti  Moreno, diz Klintowitz,  é um artista erudito que utiliza a cultura popular como fonte. Sua série de esculturas com o tema “Orixás” é uma  saga tecnológica, na qual ele teve de resolver questões complexas de fundição e adaptação a materiais não convencionais, cálculos de peso, volume e sistema de flutuação, bem como a logística de transporte, que exigiu carretas de até 20 metros de comprimento.
Seus orixás são famosos. “Oxalá, no sincretismo religioso, diz ele, corresponde ao católico Senhor do Bonfim – é o mais forte dos orixás, representando a pureza e a dignidade. O branco é sua cor”.
Seus santos e orixás foram aplaudidos na França, Estados Unidos, Portugal e Holanda e estão espalhadas pelo Brasil, no Jardim dos Namorados e no Dique do Tororó, em Salvador;  no Centro de Convenções de Porto Seguro;  no Lago Paranoá, em Brasília e na Estação Tucuruvi do Metrô de São Paulo. As esculturas dos Orixás flutuantes, no Dique do Tororó, em Salvador, são um cartão postal  para  a capital baiana e significam três anos de intenso trabalho de uma equipe de 14 pessoas entre modeladores, carpinteiros e outros artesões)
“Recebo muito incentivo, que posso simbolizar na pessoa do Heitor Reis do Museu de Arte Moderna da Bahia, diz ele. Considero, porém, que a escultura poderia ter um apoio maior, se o formato das premiações mudasse para, em vez de passagens, a publicação de livros. O que fica da obra é a história escrita !” E mais:  “A arte é o estado da criação sublime, onde o homem tem contato com Deus. É cultura, faz parte do processo evolutivo”.
Atualmente Tatti Moreno está criando 12 totens fundidos em bronze com dois metros de altura, representando imagens da cultura popular do Brasil, destinados a uma exposição itinerante que deve percorrer algumas capitais do país.
 
 

FONTES:
 
           
 

 
OS ORIXÁS DO DIQUE DO TORORÓ,

                                                   EM SALVADOR, BAHIA              

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