sábado, 2 de fevereiro de 2013

CID TEIXEIRA


CID TEIXEIRA
 

Cid José Teixeira Calvacante,  mais conhecido como Cid Teixeira, nasceu em Salvador, no dia 11 de novembro de 1924. O prenome de sua mãe era Cidália e o do seu pai, José.  Daí o filho, Cid José.
Em 1936,  ingressou  no Ginásio da Bahia, onde cursou o ginasial  e o complementar. Em 1944, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, pela  qual  foi diplomado em 1948.

Funcionário do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia desde estudante, dedicou-se ao estudo da  História.  Copiando documentos, tomou gosto pela pesquisa e  se especializou na história da Bahia e do seu povo.
Diplomado, não seguiu a profissão. Fez concurso para a rede estadual de ensino secundário e ingressou no magistério. Depois, fez  livre docência para a cadeira  de História, na Faculdade de Filosifia e Ciências Humanas. Aprovado, passou a lecionar na  UFBa e na Universidade Católica do Salvador.
Colaborou  em diversos jornais da capital baiana e foi editor-chefe de um deles, a  “Tribuna da Bahia”.
Em 1986, publicou o livro “A Bahia em Tempo de Província”. Em seguida, editou outras preciosidades: “Nordeste Histórico e Monumental”, “História do Petróleo na Bahia”, “História da Energia Elétrica na Bahia”, “História da Mineração na Bahia”, “Caminhos, Estradas e Rodovias”, “Historias, Minhas e Alheias”, “Salvador: História Visual”. Seus  co-autores  merecem destaque:  Kátia e Marcos Antônio do Prado Valadares, Daniel Rebouças Carvalho e Fernando Oberlander.
Em 1993, Cid Teixeira entrou na  Academia de Letras da Bahia, onde ocupa a Cadeira 19.  “Na história da Academia de Letras,  diz ele, quem entrou com menor número de votos fui eu. Eu entrei com um voto só que decidiu o ingresso. Houve uma campanha contra mim patrocinada por um cidadão mulatíssimo. Médico baiano mulatíssimo que patrocinou o veto” . A mulatice, diz ele,  é rejeitada pelo branco e pelo negro.  “Quando o menino nasce mulato, a mãe tem a barriga suja. Quando o menino nasce dominantemente branco, a mãe tem a barriga limpa. O pior é o mulato metido  a branco”. Defensor ardoroso da mulatice, declara:  “O único branco puro que eu conheço na Bahia é o cônsul da Suécia. Alguns são, digamos assim, ostensivamente mulatos, outros disfarçadamente mulatos, mas a maioria é composta de pardos. Pardos mais evidentes, pardos menos evidentes. Qual é o engenheiro branco que equivale a Teodoro Sampaio? E ele era negro. Américo Simas era negro. Arlindo Fragoso era negro. Manoel Querino (escritor e fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia) era  negro. Nomes do século 19 que alcançaram relevo, importância social. Vidal da Cunha era médico e negro”
Reforçando, esclarece:  “Os brancos moravam na Graça e eram, em geral, decadentes. Donald Pierson (sociólogo americano) inventou a expressão " brancos da Bahia". "Brancos e pretos na Bahia", de Donald Pierson, continua sendo o livro fundamental para entender isso. Ele  veio dos Estados Unidos, onde só havia preto e branco. Quando viu na Bahia uma porção de mulatos, pardos, serem tidos e havidos, inclusive sinceramente, honestamente, se acreditando brancos, ele se espantou e criou a expressão "branco da Bahia". Um branco específico, que se considera branco mas não é. A Bahia é uma cidade parda, uma cidade de uma gradação - quase eu diria degradação - de pardos variados. Eu que estou aqui falando, tenho guardado comigo o ferro com o qual minha bisavó foi ferrada. Tenho guardado, está em minha mão. Minha bisavó, escrava, foi ferrada a fogo porque era negra. E daí entraram brancos pelo meio, coisas variadas aconteceram, duas famílias, três famílias com o mesmo pai, tudo vai se resolvendo. Eu estou aqui, pardo, mulato baiano, conversando com você...”

 “Cid Teixeira e a história da cidade de Salvador e da Bahia se confundem, estão na mesma essência” diz José Spínola...
 
FONTES:
1)      Cid Teixeira (disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cid Teixeira. Acesso em 01 de fevereiro de 2013.
2)      Cid Teixeira (disponível em www.academiadeletrasdabahia.org.br/Academicos/Cid.html. Acesso em o1 de fevereiro de 2013)
3)      Cid Teixeira (disponível em HTTP://terramagazine.terra.com.br/interna/0,014253618-EI6581,00. Acesso em 01 de fevereiro de 2013),
4)      Cid Teixeira (disponível em HTTP://www.cidteixeira.com.br/
 
 


 

 

 

 



3) http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4253618-EI6581,00-Cid+Teixeira+O+certo+seria+o+Dia+da+Consciencia+Mulata.html

4)Cid Teixeira-http://www.cidteixeira.com.br/

 

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