segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

DANIELA MERCURY


DANIELA MERCURY
 
 

Daniela Mércuri de Almeida, mais conhecida como Daniela Mércury, cantora, compositora, dançarina, produtora, atriz e apresentadora de televisão, nasceu em Salvador, no dia 28 de julho de 1965, sendo seus pais Antônio Fernando de Abreu Ferreira de Almeida, mecânico, e Liliana Mercuri de Almeida, assistente social.
Começou a estudar dança aos oito anos de idade. Aos treze, optou por se tornar cantora. Aos quinze, começou a se apresentar em bares. De 1986 a 1988, foi vocalista da “Banda Eva”. Em 1988, integrou a banda de Gilberto Gil, e de 1989 a 1990 gravou albuns como vocalista da banda “Companhia Clic” (ocasião em que lançou as canções “Pega que Oh!” e “Ilha das Bananas”). A  partir daí se lançou na carreira solo.
Seu primeiro álbum solo, “Daniela Mercury”, foi lançado em 1991, com “Swing da Cor”, “Menino do Pelô” e outras músicas de sucesso. De 1992 em diante desligou-se das gravadoras e começou a produzir seus próprios álbuns.
O início do seu reinado começou com  sua apresentação no Museu de Arte de São Paulo, em 1992. O shoow reuniu mais de trinta mil pessoas, tumultou o trânsito da capital paulista e  colocou  em risco a estrutura do museu  (a Polícia foi obrigada a retirá-la do palco). Mércury foi contratada pela gravadora Sony Music e, através desta gravadora, lançou seu segundo álbum, “O Canto da Cidade”, que vendeu mais de dois milhões de cópias. As músicas “O Mais Belo dos Belos”, “Batuque”, “Você Não Entende Nada” e as canções “Só Pra Te Mostrar” encantaram os radio-ouvintes e atingiram posições inusitadas nas paradas de sucesso. Para alguns críticos, “O Canto da Cidade” foi o precursor do “samba-reggae” e do “axé músic”, e influiu de modo decisivo na divulgação do carnaval da Bahia. Sua popularidade atingiu o máximo, aponto de ser apelidada de “furacão da Bahia” e “rainha do axé”.
Daí por diante Daniel Mércury tornou-se uma cantora extremamente popular. Fez um especial de fim de ano na Rede Globo, no qual se apresentou na praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, com Caetano Veloso, Tom Jobim e Herbert Vianna.
Em 1993, Mércury foi uma das atrações do “Festival de Jazz de Montreux”, na Suiça e seu nome ganhou dmensão internacional.
Em 1993 saiu o terceiro álbum, “Música de Rua” com mais de um milhão de cópias vendidas e em 1996 surgiu o quarto, “Feijão com Arroz” com uma vendagem de cerca de dois milhões de cópias. “Feijão com Arroz” consagrou Daniela Mércury em Porgugal, França, Estados Unidos e outros países.
Até o momento Mércury vendeu  mais de vinte milhões de discos.
 
 FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre
 
    
 
 
    
   
 
 
 

 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

IVETE SANGALO


IVETE SANGALO
 



Ivete Maria Dias de Sangalo Cady, mais conhecida como Ivete Sangalo, cantora, produtora, atriz, apresentadora, empresária e compositora, nasceu em Juazeiro, em 27 de maio de 1972. Seu pai, o joalheiro Alsus Almeida de San Galo, era espanhol. Sua mâe, Maria Ivete tornou-se conhecida como fornecedora de marmitas.
Nasceu em uma família de músicos. Começou a cantar ainda criança, nos eventos festivos do colégio onde estudava. No recanto do lar,  tocava instrumentos de percussão;  nos  festejos sociais,  e  nos intervalos das apresentações públicas  de seu irmão, tocava violão.
 
Aos dezeseis anos, após a morte de seu pai, trabalhou como modelo e vendedora em um Shopping  Center  de  Salvador.  Aos dezessete anos, tocou  em um barzinho no bairro de Ondina e realizou alguns shows em cidades do interior, ocasião em que  fez o primeiro contato com a  “Banda Eva”.
Apresentando-se em Morro do Chapéu, conheceu o produtor Jonga Cunha, responsável pelo  seu sucesso.  Com a “Banda Eva”,  lançou  seis albuns, vendendo  cerca de cinco milhões de cópias.
Ao completar 20 anos de idade, recebeu o troféu Dorival Caymmi, ganhou notoriedade e se tornou  a artista mais famosa do Brasil. “Flores”, “Beleza Rara”, “Levada Louca”, “Arerê” e “Pegue Aí” foram os seus primeiros sucessos. Pouco depois, em 1997, atingiu o ápice da carreira, e nele permanece até hoje.
Em 1998/1999, notabilizou-se na televisão, substituindo a apresentadora Xuxa Menegheol  no programa “Planeta Xuxa” e lançou o album “Eva, Você e Eu”.
No ano seguinte, deixou a  “Banda Eva” e  iniciou a carreira solo, gravando quatorze faixas do album “Ivete Sangalo”, disco de ouro em 1999, com vendagem superior a cem mil cópias.
Daí por diante ninguem segurou Ivete Sangalo.
Como vocalisa da “Banda Eva”, vendeu quase quatro milhões de discos e chegou  a fazer trinta shows por mês. Na  carreira solo já vendeu quatorze milhões de cópias, produziu dez  albuns, recebeu quatorze indicações ao Grammy Latino (do qual foi vencedora três vezes), e  é    recordista do Prêmio Muoltishow com nove  troféus. Foi premiada nos “Melhores do Ano” da Rede Globo com dez troféus e  é  ganhadora de três prêmios do Thirt Open Web Award.
Ivete Sangalo é uma das artistas mais ricas do Brasil. Tem  um patrimônio de cerca de quatrocentos milhões de reais. Possue uma  produtora (“Caco de Telha”) um trio elétrico (“Demolidor Y”)  um  camarote carnavesco (“Cerveja & Cia”), é sócia do “Bloco Coruja”, tem  uma casa de shows em Salvador, possue um jato particular, mantem uma Fundação para beneficiar as pessoas carentes  e  participa de vários empreendimentos comerciais. É a cantora de  maior cachê do Brasil e  é a sexta mais bem paga do mundo, depois de Britney Spears, Lady Gaga, Beyoncê, Paul McCartney e Madona.
Sua discografia inclui dezesseis albuns, lançados  no espaço de dezesseis anos. Os mais conhecidos são “Ivete Sangalo” (1999), “Beat Beleza (20000, “Festa” (2002), “Club Carnavalesco Inocentes em Progresso” (2003), “As Super Novas” (2005), “Pode Entrar” (2009), “Real Fantasi” (2009). Dentre os DVDs, destacamos “Ivete Sangalo na Fonte Nova” (2004), “Ivete Sangalo no Maracanã”(2007), “Pode Entrar” (2009), “Duetos” (2010), “Ivete Sangalo no Madson Square Garden” (2010) e “Nome Indefinido” (2013).
Como destacamos acima, Ivete Sangalo é detentora de inúmeros prêmios e troféus. Merecem destaque o Prêmio Multishow de Música Brasileira, no qual foi indicada 25 vezes, entre 1999 e 2012, e vencedora  quase todos (com exceção  dos anos  2000, 2002 e 2004). No Grammy Latino, foi a vencedora nos anos de 2009 e 2012. No Trofeu Imprensa, foi  a ganhadora em 2003, 2007. 2008, 2010 e 2011.
 
 
FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre
 
 
 
TRIO ELÉTRICO DE IVETE SANGALO
 
 
IVETE SANGALO EM SEU JATO PARTICULAR
 
 
 
 
 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

FREI HILDEBRANDO KRUTHAUP


                    
                 BUSTO DE FREI HILDEBRANDO, CASA
                    DE RETIRO SÃO FRANCISCO 
                   https://www.google.com.br/search?hl=pt-




Frei Franz Kruthaup nasceu em Borringhausen bei Damme, na Alemanha, no dia 4 de maio de 1902.
Em 23 de fevereiro de 1923, recebeu o hábito da Ordem Franciscana e escolheu exercer sua missão religiosa no Brasil. Desembarcou em Recife e, no Convento Franciscano de Olinda, completou seu noviciado. Depois, veio para Salvador, onde cursou filosofia e teologia  durante cinco anos, até ser ordenado sacerdote, no dia 21 de maio de 1929, ocasião em que optou pelo nome de Frei Hildebrando Kruthaup.
Em Salvador, Frei Hildebrando viveu cinqüenta anos inteiramente dedicados à assistência social.  Criou, com Irmã Dulce, a União Operária de São Francisco, mais tarde transformada em Círculo Operário da Bahia (COB).  O Círculo  Operário da Bahia foi instalado  inicialmente na Casa de Santo Antônio; depois foi transferida para o Edifício Pax, na Cidade Baixa. "Irmã Dulce, disse Evergyon Sales, sempre apegada aos serviços assistenciais, tinha no Circulo Operário da Bahia o espaço garantido para o atendimento aos pobres;  frei Hildebrando, por sua vez, exercia a função de Assistente Eclesiástico, que, por ser o principal cargo da entidade, tornava-o, em última instância, responsável pela sua condução" .  Além do Círculo Operário, Frei Hildebrando fundou as Obras Sociais Franciscanas, onde praticou  a  caridade e amparou  os  desprotegidos da sorte. De sua autoria é também a Casa de Retiro São Francisco,  construída com a ajuda de várias famílias da sociedade baiana. A Casa de Retiro, residência das irmãs franciscanas hospitaleiras, funcionou durante várias anos como casa de retiro, casa de hospedagem para o turismo religioso, e sede de eventos culturais,  além de prestar assistência médica e odontológica gratuita e cursos de capacitação profissional para as pessoas carentes.
Em 1949, Frei Hildebrando completou o jubileu de prata sacerdotal, ocasião em que  recebeu o título de cidadão brasileiro, concedido pelo Presidente Eurico Dutra. De 1955 a 1957, viveu em Recife, onde desenvolveu  atividade social no Hospital Oswaldo Cruz. Depois, foi designado guardião do Convento de Fortaleza, no Ceará.
Em 1961, retornou a Salvador, onde continuou a desenvolver seu papel de amigo e protetor dos pobres.
Durante os últimos anos de sua vida recebeu varias manifestações de reconhecimento e gratidão.  Em 1968, foi condecorado pelo governo alemão, por relevantes serviços prestados ao Brasil e, logo depois, foi homenageado pela Assembléia Legislativa com o título de cidadão honorário da Bahia. A Câmara de Vereadores, em comemoração ao jubileu de ouro de sua chegada ao Brasil, deu o seu nome a uma praça, em Salvador.
Frei Hildebrando, disse Ciro Brigham, “usou a criatividade para erguer uma rede de atendimento social auto-sustentável em Salvador; aliou tino administrativo e ideal humanista em importantes obras sociais. Altivo, investiu esforços nas ações sustentadas pelo seu ideal humanitário”.
Cercado de amigos e admiradores, Frei Hidebrando faleceu em Salvador, no dia 11 de janeiro de 1986.

 

FONTE:

Wikipédia, a enciclopédia livre.


OBRAS SOCIAIS DE FREI HILDEBRANDO
(Cinemas, Rádio, Casa de Retiro)
 
CASA DE RETIRO
 

CINEMA EXCELSIOR
CINEMA ROMA, CÍRCULO OPERÁRIO



 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

JOSÉ CALASANS

 
JOSÉ CALASANS
 
 
 
 
José  Calasans Brandão da Silva, mais conhecido como José Calasans, nasceu em Aracaju, no dia 14 de julho de 1915, sendo seus pais Irineu Ferreira Silva e Noemi Brandão da Silva.
Fez os estudos primários no Colégio Nossa Senhora da Conceição, e o curso secundário no Atheneu Sergipense, onde permaneceu até 1932. Depois, rumou para Salvador, onde se matriculou na Faculdade de Direito da Bahia, pela qual foi diplomado em 1937.
Formado, regressou à Aracaju. Lecionou  História do Brasil no Colégio Tobias Barreto e no Atheneu Sergipense; presidiu o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (1945/1947; escreveu seu primeiro trabalho, “Aracaju-Contribuição à História da Capital Sergipana”,(com o qual concorreu à cátedra de História de Sergipe, na Escola Normal de Aracaju); liderou movimentos culturais e criou o Centro de Estudos Econômicos e Sociais de Sergipe (1944) e a “Revista de Aracaju”.
Em 1949, mudou-se para Salvador, onde fixou residência.
Na capital baiana granjeou prestígio e notoriedade. Lecionou História Moderna e Contemporânea, e Folclore, na Universidade Federal da Bahia, da qual foi Conselheiro, Vice-Reitor e Professor Emérito; presidiu o Conselho Estadual de Cultura, a Academia de Letras da Bahia e outras instituições culturais.
Foi um dos mais abalizados intérpretes da saga de Antônio Conselheiro, e grande conhecedor da História de Sergipe  (sobretudo das questões relativas à fundação de Aracaju e aos limites de Sergipe-Bahia).
 De sua bibliografia, destacamos: Aracaju-Contribuição à História da Capital Sergipana (1945)- O Ciclo Folclórico do Bom Jesus Conselheiro (1950); Cachaça Moça Branca (1951); A Santidade de Jaguaripe (1952) Euclides da Cunha e Siqueira de Menezes (1957); No Tempo de Antonio Conselheiro (1959); Os Vintistas e a Regeneração Econômica de Portugal (1959); Antonio Conselheiro e a Escravidão (1968); Folclore Geo – histórico da Bahia e Seu Recôncavo (1970); Antonio Conselheiro, Construtor de Igrejas e Cemitérios (1973); Canudos: Origem e Desenvolvimento de Um Arraial Messiânico (1974); A Revolução de 30 na Bahia (1980); Canudos na Literatura de Cordel (1984); Quase Biografias de Jagunços (1986); Aparecimento e Prisão de um Messias (1988); Miguel Calmon Sobrinho e Sua Época (1992).
Conferencista renomado, articulista de mérito, ensaísta, professor, pesquisador, historiador e folclorista, José Calasans reuniu  imenso acervo sobre Canudos e deixou numerosos trabalhos não publicados.
Aposentado, dirigiu o Departamento de Estudos e Publicações do Museu Eugênio Teixeira Leal e em 1993 recebeu da Prefeitura e da Câmara Municipal de Canudos o título de Cidadão da Cidade de Canudos. É Comendador da Ordem do Mérito da Bahia, Medalha Inácio Barbosa (Prefeitura Municipal de Aracaju), Medalha Visconde de Itaparica (Polícia Militar do Estado da Bahia), Medalha Euclides da Cunha (Casa Euclidiana de São José do Rio Preto, São Paulo). Medalha Sílvio Romero (Prefeitura do Distrito Federal, Rio de Janeiro), Medalha do Pacificador (Ministério do Exército).aleceu em Salvador, no dia 28 de maio de 2001, doando os documentos sobre a Bahia para a  Universidade Federal da Bahia; os  referentes a Sergipe, ao Instituto Histórico e Geográfico daquele estado.
 
FONTES:
Barreto, Luiz Antônio. Um mestre da História. (disponível em http://www.infonet.com.br/luisantoniobarreto/ler.asp?id=27405&titulo=Acesso em 07 de fevereiro de 2013).
 Blog do Gutemberg- José Calasanas (disponível em http://blogdogutemberg.blogspot.com.br/2007/08/jos-calasans.html. Acesso em 07 de fevereiro de 2013)
 
 
 
 
 
    
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TATTI MORENO


 
TATTI MORENO




Octávio de Castro Moreno Filho, mais conhecido como Tatti Moreno, nasceu em Salvador, no dia 18 de dezembro de 1944.
Sua família tem intimidade com as artes. A mãe e a irmã são pintoras, pianistas e poetisas e o irmão é baterista, e parceiro de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânea e Gilberto Gil.
A vocação artística de Tatti Moreno despontou aos doze ou treze anos, quando ele, ainda menino, manipulava sucatas e bonecos de arame.  Começou criando  símbolos e imagens do culto afro-brasileiro. Depois, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde foi aluno de Mário Cravo Júnior e de outros artistas baianos. O passo seguinte foi a confecção em latão, aço inoxidável e alumínio.
As criações  de Tati Moreno são modeladas  em argila e repassadas para o gesso e a madeira. São fundidas em resina de poliéster, encaixadas e banhadas  com  verniz e resina. São esculturas pesadas: algumas, como  Oxalá, Xangô, Ogum, Ede, Iemanjá, Iansã, Nanã e Oxum,  chegam a pesar uma tonelada.  O  transporte para os locais das exposições, é muito trabalhoso e duram, às vezes, alguns dias. As peças pequenas, de 15 a 90 centímetros de altura, feitas de latão.
“Tatti  Moreno, diz Klintowitz,  é um artista erudito que utiliza a cultura popular como fonte. Sua série de esculturas com o tema “Orixás” é uma  saga tecnológica, na qual ele teve de resolver questões complexas de fundição e adaptação a materiais não convencionais, cálculos de peso, volume e sistema de flutuação, bem como a logística de transporte, que exigiu carretas de até 20 metros de comprimento.
Seus orixás são famosos. “Oxalá, no sincretismo religioso, diz ele, corresponde ao católico Senhor do Bonfim – é o mais forte dos orixás, representando a pureza e a dignidade. O branco é sua cor”.
Seus santos e orixás foram aplaudidos na França, Estados Unidos, Portugal e Holanda e estão espalhadas pelo Brasil, no Jardim dos Namorados e no Dique do Tororó, em Salvador;  no Centro de Convenções de Porto Seguro;  no Lago Paranoá, em Brasília e na Estação Tucuruvi do Metrô de São Paulo. As esculturas dos Orixás flutuantes, no Dique do Tororó, em Salvador, são um cartão postal  para  a capital baiana e significam três anos de intenso trabalho de uma equipe de 14 pessoas entre modeladores, carpinteiros e outros artesões)
“Recebo muito incentivo, que posso simbolizar na pessoa do Heitor Reis do Museu de Arte Moderna da Bahia, diz ele. Considero, porém, que a escultura poderia ter um apoio maior, se o formato das premiações mudasse para, em vez de passagens, a publicação de livros. O que fica da obra é a história escrita !” E mais:  “A arte é o estado da criação sublime, onde o homem tem contato com Deus. É cultura, faz parte do processo evolutivo”.
Atualmente Tatti Moreno está criando 12 totens fundidos em bronze com dois metros de altura, representando imagens da cultura popular do Brasil, destinados a uma exposição itinerante que deve percorrer algumas capitais do país.
 
 

FONTES:
 
           
 

 
OS ORIXÁS DO DIQUE DO TORORÓ,

                                                   EM SALVADOR, BAHIA              

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

FLORISVALDO MATOS


            
       FLORISVALDO MATOS





Florisvaldo Matos, poeta, jornalista, ensaísta e escritor,  nasceu em Uruçuca,  em  uma família simples, de pai comerciante e mãe costureira, no ano de 1920.
Viveu a infância na zona rural de Itacaré, “solto por campos e matas virgens, aprendendo a amar gente e animais, sentir a força da natureza, sentindo prazer de montar, caçar, brincar em cavalos de pau, colher frutos, banhar-se em riachos, viajar de trem-de-ferro, jogar bola em gramados e quintais” (Jorge Amado).
Fez os estudos primários em sua cidade natal e o secundário em Ilhéus, Itabuna e Salvador, onde ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia e foi por ela diplomado em 1958.
Na adolescência,  “curtiu festas de clubes, brincou o carnaval, se descobriu poeta e conheceu Sosígenes Costa”. Namorou o cinema e  fez parte do grupo Geração Mapa, liderado por Glauber Rocha.
Concluído o curso de Direito, ingressou no jornalismo. Colaborou em vários jornais da capital baiana, como repórter, chefe de reportagem, redator, editor e editor-chefe. Interessou-se pelo cinema e  participou do grupo Geração Mapa, liderado por Glauber Rocha.
Formado, não exerceu a profissão. Optou pelo jornalismo e se fez repórter, chefe de reportagem, editor e editor-chefe de vários jornais.
Como poeta, “cultivou um lirismo sempre comedido, trabalhado com extrema propriedade de recursos, sendo certamente o único na sua geração que transita do lírico para o épico com absoluta naturalidade,  mestre que é nos dois caminhos poéticos, consciente do poder que tem sobre as palavras” (João Carlos Teixeira Gomes).
Como jornalista, publicou textos,  artigos e reportagens em vários jornais e revistas de circulação estadual e nacional.
Como poeta e ensaísta é um  autor  sem pedantismo nem preconceito, sem arrodeios  nem  mistérios,  que produziu, com raro talento,  uma bibliografia  variada. De sua lavra saíram os seguintes livros e ensaios: “Reverdor”  (1965), “A Comunicação Social na Revolução dos Alfaiates” (1974), “Fábula Civil”  (1975), “Dois Poemas para  Glauber Rocha” (1985),  “A Caligrafia do Soluço e Poesia Anterior” (1996), “Estação de Prosa & Diversos” (1997), “Mares Anoitecidos” (2000), “Galope Amarelo e Outros Poemas” (2001)  e “Travessia de Oásis- A Sensualidade na Poesia de Sosígenes Costa” (2004). Alguns de seus poemas  constam de antologias do Brasil, Portugal e Espanha.
O livro “ Poesia Reunida e Inéditos”, lançado em 2011, é uma antiga aspiração de amigos e  admiradores.  “Representa meio século de expressão lírica de um grande poeta grapiúna, soteropolitano, baiano, brasileiro e universal, um dos poetas com mais requintes da terra, da coisa rural, e  dos mais ligados a seu momento histórico” (Alexei Bueno).  Sua obra poética, dominada por uma dicção fortemente pessoal, é, ao mesmo tempo, de uma abrangência e de uma variedade que desconcertam qualquer crítico” (João Carlos Teixeira Gomes).
Sua  temática é realmente  diversificada:  em “Não aos Cavalos Triunfantes”, condena o horror da Guerra do Vietnã;  em “A Edição Matutina”, e outros poemas, celebra as mortes de Gagárin,  Neruda e  Glauber Rocha; em “Rimbaud là-bás”, “Verlaine 1891” e “Duas Almas”, rende homenagem a outros poetas; em “Maradona”, homenageia o futebol e, suas admirávies marinhas, evoca a Guerra dos Holandeses.
 
 
FONTES:
A TARDE NOTÍCIAS (disponível em http://jeitobaiano.atarde.uol.com.br/?p=2780). Acesso em 05 de fevereiro de 2013
POESIA BAIANA (disponível em http://poesiabaiana.com.br/2010/06/perfil-florisvaldo-mattos/). Acesso em 05 de fevereiro de 2013.
 
 
FLORISVALDO MATOS E GLAUBER ROCHA
NA DÉCADA DE 1960

      
 
 
 
                                                                 

 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ODORICO TAVARES


        
ODORICO TAVARES


 

Odorico Montenegro Tavares da Silva, mais conhecido como Odorico Tavares, jornalista, poeta, escritor e colecionador de arte, nasceu em Timbaúba, Pernambuco, em 1912.
Diplomado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, iniciou a carreira de jornalista no “Diário de Pernambuco”, dos “Diários Associados”.
Em 1933, fundou, com o jornalista Aderbal Jurema, a revista “Momento” e no ano seguinte publicou, com o mesmo Aderbal Jurema, o livro Vinte e Seis Poemas. Em 1939, lançou seu segundo livro de poemas,  A Sombra do Mundo.
 
Em 1942, foi convidado por Assis Chateaubrien para dirigir os Diários Associados na Bahia, de cujo conglomerado faziam parte a Rádio Sociedade da Bahia e os jornais Diário de Notícias e O Estado da Bahia. Em Salvador, foi logo absorvido pelo grupo   de escritores, artistas e intelectuais soteropolitanos. No Diário de Notícias, além de editar o suplemento cultural, assinou a coluna diária Rosa dos Ventos, autêntica vitrina cultural e artística da Bahia.
Promoveu diversos eventos artísticos e literarios, dentre os quais destamos:
1)  A primeira exposição de arte moderna brasileira na Bahia, com trabalhos de Lasar Segall, José Pancetti, Di Cavalcanti, Bonadei, Santa Rosa, Oswaldo Goeldi, Tarsila do Amaral e Alfredi Volpi.
2)  A publicação do livro Imagens da Terra e do Povo, ilustrado por Caribé e premiado com medalha de ouro na 1ª Bienal do Livro e Artes Gráficas de São Paulo, em  1961.
3)  A reportagem alusiva ao Centenário da Guerra de Canudos, fruto da reconstrução, que fez com Pierre Verger, do percurso de Euclides da Cunha nos sertões da Bahia.
 4)  A criação, com Carlos Eduardo da Rocha, Zitelman de Oliva, José Martins Catharino e Manoel Cintra Monteiro, da Sociedade de Cultura Artística da Bahia e da Galeria Oxumaré (primeira galeria de arte da Bahia).
5)  O apoio à criação do Museu de Arte Moderna da Bahia, projetado e dirigido po Lina Bo Bardi, e do Museu de Arte Sacra da Bahia  (inaugurado pela Universidade Federal da Bahia).
6)  A fundação da TV Itapoan, primeira emissora de televisão da Bahia, com notável incentivo aos jovens artistas Mário Cravo Júnior, Carlos Bastos, Genaro e Raimundo de Oliveira.
7)  A publicação dos livros Os Caminhos de Casa-Notas de Viagem, Meus Poemas aos Meus Pintores e Livro de Luciano (dedicado ao neto Luciano Tavares).
8) A criação do Teatro Vila Velha, em Salvador, e do Museu Regional de Feira de Santana.
Como fruto  de seu trabalho, foi eleito, em 1971, para a Academia de Letras da Bahia e o Governo da Bahia criou o Prêmio Odorico Tavares para o incentivo das artes plásticas e deu o seun nome a um importante colégio da rede pública de ensino.
Amigo particular do pintor José Pancetti, com ele  manteve intensa correspondência. Pancetti. na expectativa de ter sua biografia escrita por Odorico Tavares, entregou seu diário e vários cadernos de anotações, além de pintar  o retrato da esposa de Odorico e de sua filha, Maria Tavares.
Amante das artes plásticas, reuniu  preciosa coleção de obras da imaginária religiosa dos séculos XVII e XVIII, mobiliário dos séculos XVIII e XIX, pinturas, gravuras e desenhos de Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Djanira, Segall, Volpi, Pancetti, Antônio Bandeira, Guignard, Manabu Mabe, Cícero Dias, Pablo Picasso, Joan Miró, Henri Malisse, Modesto Cuixart e Georges Roult. O arquiteto Diógenos Rebouças projetou uma casa para abrigar a coleção que, além das obras citadas, reune albuns do artista, fotografias, poemas, cartões-postais e reportgens.
Odorico Tavares faleceu em Salvador, no ano de 1980.
 
FONTES: Wipédia, a enciclopédia livre e a Enciclopédia Itaú Cultural.
 
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VOLTA À CASA PATERNA

Odorico Tavares

Limpem o espelho.
Se quiserem, não mexam na mobília.
Mas limpem o espelho:
Vai haver a volta a. casa paterna.

Verdade é que não sei se tudo pode ficar como dantes:
se os sapatos ainda me caberão,
se as roupas apertadas ficarão,
se nos livros as antigas leituras estarão.
Mas limpem o espelho.

O rio pode muito bem ter desviado o seu curso,
e não encontrarei mais o local dos banhos à tardinha.

As pedras das ruas possivelmente não terão mais as marcas dos meus pés.
E nenhum indivíduo me indicará os caminhos conhecidos.
As árvores mesmo, se não são outras, mostrarão velhos troncos irreconhecíveis
Perguntarei inutilmente pelos companheiros:
Antônio? Frederico? Baltazar?
Oh! vozes que não me respondem! Amigos que jamais verei!

Decerto terei pelo menos as vozes dos pais ressoando de leve pelas paredes.

Por isso, limpem o espelho,
porque, apesar de todos os disfarces,
a imagem da criança que se foi há muito tempo e hoje voltou
se refletirá nítida e forte com a pureza e o encanto dos seus
primeiros sorrisos.


 
COLÉGIO ESTADUAL ODORICO TAVARES

 

 


 

 


 

 

                 

                                                                 

 



















































































sábado, 2 de fevereiro de 2013

CID TEIXEIRA


CID TEIXEIRA
 

Cid José Teixeira Calvacante,  mais conhecido como Cid Teixeira, nasceu em Salvador, no dia 11 de novembro de 1924. O prenome de sua mãe era Cidália e o do seu pai, José.  Daí o filho, Cid José.
Em 1936,  ingressou  no Ginásio da Bahia, onde cursou o ginasial  e o complementar. Em 1944, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, pela  qual  foi diplomado em 1948.

Funcionário do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia desde estudante, dedicou-se ao estudo da  História.  Copiando documentos, tomou gosto pela pesquisa e  se especializou na história da Bahia e do seu povo.
Diplomado, não seguiu a profissão. Fez concurso para a rede estadual de ensino secundário e ingressou no magistério. Depois, fez  livre docência para a cadeira  de História, na Faculdade de Filosifia e Ciências Humanas. Aprovado, passou a lecionar na  UFBa e na Universidade Católica do Salvador.
Colaborou  em diversos jornais da capital baiana e foi editor-chefe de um deles, a  “Tribuna da Bahia”.
Em 1986, publicou o livro “A Bahia em Tempo de Província”. Em seguida, editou outras preciosidades: “Nordeste Histórico e Monumental”, “História do Petróleo na Bahia”, “História da Energia Elétrica na Bahia”, “História da Mineração na Bahia”, “Caminhos, Estradas e Rodovias”, “Historias, Minhas e Alheias”, “Salvador: História Visual”. Seus  co-autores  merecem destaque:  Kátia e Marcos Antônio do Prado Valadares, Daniel Rebouças Carvalho e Fernando Oberlander.
Em 1993, Cid Teixeira entrou na  Academia de Letras da Bahia, onde ocupa a Cadeira 19.  “Na história da Academia de Letras,  diz ele, quem entrou com menor número de votos fui eu. Eu entrei com um voto só que decidiu o ingresso. Houve uma campanha contra mim patrocinada por um cidadão mulatíssimo. Médico baiano mulatíssimo que patrocinou o veto” . A mulatice, diz ele,  é rejeitada pelo branco e pelo negro.  “Quando o menino nasce mulato, a mãe tem a barriga suja. Quando o menino nasce dominantemente branco, a mãe tem a barriga limpa. O pior é o mulato metido  a branco”. Defensor ardoroso da mulatice, declara:  “O único branco puro que eu conheço na Bahia é o cônsul da Suécia. Alguns são, digamos assim, ostensivamente mulatos, outros disfarçadamente mulatos, mas a maioria é composta de pardos. Pardos mais evidentes, pardos menos evidentes. Qual é o engenheiro branco que equivale a Teodoro Sampaio? E ele era negro. Américo Simas era negro. Arlindo Fragoso era negro. Manoel Querino (escritor e fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia) era  negro. Nomes do século 19 que alcançaram relevo, importância social. Vidal da Cunha era médico e negro”
Reforçando, esclarece:  “Os brancos moravam na Graça e eram, em geral, decadentes. Donald Pierson (sociólogo americano) inventou a expressão " brancos da Bahia". "Brancos e pretos na Bahia", de Donald Pierson, continua sendo o livro fundamental para entender isso. Ele  veio dos Estados Unidos, onde só havia preto e branco. Quando viu na Bahia uma porção de mulatos, pardos, serem tidos e havidos, inclusive sinceramente, honestamente, se acreditando brancos, ele se espantou e criou a expressão "branco da Bahia". Um branco específico, que se considera branco mas não é. A Bahia é uma cidade parda, uma cidade de uma gradação - quase eu diria degradação - de pardos variados. Eu que estou aqui falando, tenho guardado comigo o ferro com o qual minha bisavó foi ferrada. Tenho guardado, está em minha mão. Minha bisavó, escrava, foi ferrada a fogo porque era negra. E daí entraram brancos pelo meio, coisas variadas aconteceram, duas famílias, três famílias com o mesmo pai, tudo vai se resolvendo. Eu estou aqui, pardo, mulato baiano, conversando com você...”

 “Cid Teixeira e a história da cidade de Salvador e da Bahia se confundem, estão na mesma essência” diz José Spínola...
 
FONTES:
1)      Cid Teixeira (disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cid Teixeira. Acesso em 01 de fevereiro de 2013.
2)      Cid Teixeira (disponível em www.academiadeletrasdabahia.org.br/Academicos/Cid.html. Acesso em o1 de fevereiro de 2013)
3)      Cid Teixeira (disponível em HTTP://terramagazine.terra.com.br/interna/0,014253618-EI6581,00. Acesso em 01 de fevereiro de 2013),
4)      Cid Teixeira (disponível em HTTP://www.cidteixeira.com.br/
 
 


 

 

 

 



3) http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4253618-EI6581,00-Cid+Teixeira+O+certo+seria+o+Dia+da+Consciencia+Mulata.html

4)Cid Teixeira-http://www.cidteixeira.com.br/