sexta-feira, 21 de setembro de 2012

SABINO ÁLVARES DA ROCHA VIEIRA







A SABINADA




A década de 1830 foi muito agitada. Revolução, era o assunto de todas as conversas, na cidade do Salvador.
Diziam que o próprio governo da província conspirava. As sociedades secretas fervilhavam. A imprensa, também.
A conspiração reunia os exaltados da reação conservadora, os federalistas de 1832 e 1833, os decepcionados com o Ato Adicional, os republicanos, os separatistas e os simpatizantes da Guerra da Farroupilha.
A situação, extremamente explosiva, foi agravada com a fuga de Bento Gonçalves, líder do movimento gaúcho, até então preso na Forte do Mar (hoje, Forte São Marcelo).
A notícia da fuga animou os lideres revolucionários, principalmete Daniel Freitas, Sérgio Veloso, Alexandre Sucupira, José Joaquim Leite e, sobretudo, Dr. Sabino Vieira – figura central do movimento.
Dr. Sabino Vieira esteve no Rio Grande do Sul, antes de 1835, e veio entusiasmado com a revolução gaúcha. Ele era um médico pobre, mestiço, intelectual, inconstante, violento, descontrolado e ambicioso. Todavia, muito popular, pois era caridoso e acolhia, com o mesmo desvelo, os pobres e necessitados, os oprimidos e desesperados.
Sua biblioteca, de mais de quatrocentos volumes, era a mais expressiva do seu tempo.
Havia, poucos anos antes, se submetido a concurso, pleiteando ser professor da Faculdade de Medicina.
Assim, tornou-se o chefe da revolução, conhecida como “Sabinada”.
Os revoltosos proclamaram a independência da Bahia, e criaram o “Estado Livre Baiense”.
Elegeram o Dr. Inocêncio da Rocha Galvão, presidente da república. O Dr. Sabino Vieira, foi nomeado Ministro do Exterior.
A Regência reagiu: nomeou Antônio Pedroso presidente da província, incumbindo-o de debelar a rebelião.
O comandante João Crisóstomo Calado, arregimentou cinco mil homens e iniciou a luta contra os revoltosos, os quais foram vencidos. Houve numerosas, baixas de ambos os lados.
A ordem foi restabelecida. A república baiense durou, apenas, quatro meses -- isto é, de 7 de novembro de 1837 a 14 de março de 1838.
Os legalistas iniciaram a caça aos líderes rebeldes. Sabino Vieira refugiou-se, mas foi encontrado “dentro de um armário, coberto de roupas sujas, vestido apenas com uma camisa, e descalço” ( ).
Foi condenado à morte. D. Pedro II, recém coroado, anistiou os presos políticos e Sabino Viera foi transportado para a cadeia de Cuiabá. No caminho, conseguiu fugir, escondendo-se na Fazenda Jacobina, no interior do Mato Grosso.
Tornou-se amigo do Coronel João Carlos Pereira Leite, seu protetor.
Concentrou-se no exercício profissional e, como médico, foi muito útil à região. Criou um pequeno jornal, chamado “O Bororó” .
Faleceu em 1846.
Em 1896, o Instituto Histórico e Geográfico da Bahia solicitou à família Leite, os restos mortais do Dr. Sabino Vieira, transladando-os para Salvador.
                            
                                                   
 
 
 
 
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