terça-feira, 18 de setembro de 2012

MANUEL AUGUSTO PIRAJÁ DA SILVA




 

               

Nasceu em Camamu, em 28 de janeiro de 1873, sendo seus pais Eduardo Augusto da Silva e Veridiana da Silva Pirajá.
Seu avô, José Ribeiro da Silva, português de nascimento, empolgou-se com a vitória alcançada pelos brasileiros que lutaram pela independência e acrescentou um nome indígena ao seu sobrenome: o topônimo “Pirajá”, que significa, na língua tupi, “viveiro de peixes”. Tornou-se assim o tronco da família Pirajá (2).

Realizado o curso primário, em sua terra natal, foi para Salvador, onde adquiriu sólidos conhecimentos de humanidades e ingressou, em 1890, na Faculdade de Medicina.
Em 9 de dezembro de 1896, defendeu tese inaugural, subordina ao título “Contribuição para o estudo de uma moléstia que ultimamente aqui tem reinado com os caracteres da meningite cérebro-espinhal epidêmica”.

Concluído o curso médico, fixou residência na cidade de Amargosa. Atraído pela miragem da selva amazônica, deslocou-se para Manaus, onde demorou pouco tempo.
Regressando a Salvador, foi nomeado, em 15 de maio de 1902, assistente da 1ª Cadeira de Clínica Médica, regida pelo Prof. Anísio Circundes de Carvalho.

Dedicando-se às pesquisas microscópicas, enveredou pelo estudo da sífilis e das doenças tropicais reinantes na Bahia (esquistossomíase intestinal, disenteria amebiana, leismaníase tegumentar, doença de Chagas e ainhum).
De tais estudos resultou, em 1907, a descoberta do T. palidum, fato ocorrido pela primeira vez na Bahia.

No ano seguinte, Pirajá da Silva passou a estudar a esquistossomíase intestinal. Suas pesquisas levaram-no à descoberta do Schistosoma mansoni, em 8 de julho de 1908.
Em 1909 seguiu para a Europa, a fim de estudar microbiologia no Instituto Pasteur e no Instituto de Doenças Marítimas e Tropicais de Hamburgo.

De 1808 a 1916, continuou suas pesquisas sobre a esquistossomíase americana, o que tornou seu nome conhecido e respeitado em todo o mundo.
Em 1911 diplomou-se como médico colonial pela Universidade de Paris. Proferiu várias conferências na Europa e recebeu inúmeras homenagens por parte de instituições científicas do Velho Mundo.

Em 1912, descreveu a cercaria do trematório.
Em 1954, recebeu a medalha Berhaard Nocht do Instituto Alemão de Doenças Tropicais e, dois anos depois, a grã-cruz da Ordem do Mérito Médico do Brasil.

Suas pesquisas tiveram repercussão no meio científico, pelo que foi agraciado com vários títulos e homenagens no Brasil e no exterior.

Colaborou em diversos periódicos internacionais, notadamente da França, Inglaterra e Alemanha.
Foi inspetor sanitário e chefe da Profilaxia Rural (1921-1933), dirigiu o Posto Antiofídico e ensinou História Natural no Ginásio da Bahia (1914-1935).

Aposentado da Faculdade de Medicina e do Ginásio da Bahia, transferiu residência, em 1935, para São Paulo, onde passou a dirigir a Seção de Botânica Médica do Instituto Butantan.
“Manuel Augusto Pirajá da Silva é Autor de uma das maiores descobertas científicas no domínio da parasitologia e que “por haver levado muito alto o nome do Brasil, dentro e fora de suas fronteiras, tornou-se, merecidamente, alvo da admiração e do respeito de todos os brasileiros” (3).

Faleceu em 1º de março de 1961.


   
BAHIA DE CAMAMU, TERRA NATAL DE PIRAJÁ DA SILVA
 
MEDALHA PIRAJÁ DA SILVA
 
 
 

ENTRE NO GOOGLE, DIGITE "MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E DE SERGIPE" E TENHA ACESSO A CENTENAS DE BIOGRAFIAS
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário