domingo, 30 de setembro de 2012

JORGE AMADO


JORGE AMADO
 
 
Jorge Leal Amado de Faria, mais conhecido como Jorge Amado, nasceu em Itabuna, no dia 10 de agosto de 1920.
Nasceu na Fazenda Auricídia, no município de Ilhéus (depois, município de Itajuípe). Seu registro de nascimento foi lavrado no povoado de Ferradas, pertencente a Itabuna.
Em 1921 seus pais se estableceram em Ilhéus, em Ilhéus Jorge Amado viveu grande parte de sua infância.
Concluídos os estudos preparatórios, foi para o Rio de Janeiro para estudar Direito na Faculdade Nacional de Direito, centro de intensa atividade política, com de influência comunista.
No Rio o estudante Jorge Amado, premido pelos ideais da mocidade acadêmica, tornou-se jornalista de esquerda. Interessou-se, a partir daí, pelos problemas ligados às injustiças sociais, o folclore, as crenças, costumes e tradições do povo brasileiro.
Sua produção literária é imensa e é considerada a mais significativa da moderna ficção brasileira.
Em 1945 foi eleito deputado federal. Como deputado foi o autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa. Outra emenda de sua autoria, garantiu os direitos autorais.
Em consequência de sua atividade, na época considerada subversiva, foi exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), na Fraça (1948 a 1950) e na Tchecoslováquia (1951 a 1952).
Por todo a parte por onde andou, nunca deixou de ser escritor. Publicou 49 romances. É um dos autores brasileiros mais lidos em todo o mundo, atrás apenas de Paulo Coelho.
Seus livros estão traduzidos em 49 idiomas e dialetos, editados em 55 países.
Muitos dos seus romances foram adaptados à televisão, ao cinema e ao teatro, sob a forma de mini-séries, filmes de long metragem, peça teatrais e novelas, todos considerados eles considerados autênticos sucessos: “Tieta do Agreste”, “Gabriela, Cravo e Canela”, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “Tenda dos Milagres”.
Outros romances froam transformados em temas de escolas de samba. Alguns chegaram a ser divulgados em braille e fitas  apropriadas para deficientes auditivos e visuais.
A despeito de ser materialista, Jorge Amado simpatizava com o candoblé, era Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá e tinha forte relação de amizade com Mãe Aninha, Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois, Mãe Stela de Oxóssi, Olga de Alaketu, Mãe Mirinha do Portão, Mãe Cleusa, além de muitos pais de santos.
Jorge Amado recebeu vários prêmios e honrarias, na Rússia, França, Itália, Bulgária e outros países, além do Brasil.
Em 6 de abril de 1961 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. Sobre a Academia de Letras publicou “Farda, fardão, camisola de dormir”, onde critica o formalismo acadêmico e a senelidade de alguns de seus membros.
Jorge Amado manteve correspondência com várias personalidades. Mais de cem mil páginas em vias de catalogação estão guardadas no acervo da “Fundação Casa de Jorge Amado”, em Salvador. Segundo a poetisa Myriam Fraga, Presidente da Fundação, tais cartas,  de acordo com recomendação expressa de Jorge Amado, só poderão ser divulgadas cinquenta anos após a morte do escritor. Da correspondência constam relatos de grandes escritores, poetas e intelectuais de vários países, tais como Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato, Gilberto Freire, Pablo Neruda, Gabriel Garcia Márquez, José Saramago, Juscelino Kubitschek, Frrançois Mitterrand e Antônio Carlos Magalhães.
Segue, por ordem cronológica, a relação das obras de Jorge Amado:
País do Carnaval, romance (1930).
Cacau, romance (1933)
Suor, romance (1934)
Jubiabá, romance (1935)
Mar morto, romance (1936)
Capitães de areia, romance (1937)
A estrada do mar, poesia (1938)
ABC de Castro Alves, biografia (1941)
O cavaleiro da esperança, biografia (1942)
Terras do Sem-Fim, romance (1943)
São Jorge dos Ilhéus, romance (1944)
Bahia de Todos os Santos, guia turístico (1945)
Seara Vermelha, romance (1946)
O amor de soldado, teatro (1947)
O mundo da pas, viagens (1951)
Os subterrâneos da liberdade, romance (1954)
Gabriela, caravo e canela, romance (1958)
A morte de Quincas Berro d´Agua, romance (1961)
Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso, romance (1961)
Os pastores da noite, romance (1964)
O Compadre de Ogum, romance (1964)
Dona Flor e Seus Dois Maridos, romance (1966)
Tenda dos milagres, romance (1969)
Teresa Batista cansada de guerra (1972)
O gato malhado e a andorinha Sinhá, livro infantil (1976)
Tieta do Agreste, romance (1977)
Farda, fardão, camisola de dormir, romance (1979)
O recente milagre dos pássaros, contos (1979)
O menino grapiúnca, memórias (1982)
A bola e o goleiro, livro infantil (1984)
Tocaia grande, romance (1984)
O sumiço da santa, romance (1988)
Navegação de cabotagem, memórias (1992)
A descoberta da América pelos turcos, romance (1994)
Do recente milagre dos pássaros, fábula (1997)
Hora da Guerra, crônicas (2008)
Jorge Amado faleceu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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