terça-feira, 25 de setembro de 2012

CIPRIANO BARATA



CIPRIANO BARATA






Cipriano José Barata de Almeida, mais conhecido como Cipriano Barata, nasceu em Salvador, no dia 27 de setembro de 1762, sendo seus pais o tenente português Raimundo Nunes Barata e Luiza Josefa Xavier (brasileira).

Ingressou na Universidade de Coimbra, em 1786, diplomando-se em Filsofia e Medicina, pela mesma universidade.

Em Coimbra, foi contemporâneo de José Bonifácio de Andrada e Silva, de José Egídio Alves de Almeida (futuro secretário particular de D. João VI, de Manuel Câmara Bittencourt (futuro intendente dos diamantes, em Minas Gerais).

Ardoroso patriota, consta que só usava roupas confeccionadas com tecido vindo do Brasil.

Foi membro ativo da Revolução Pernambucana, em 1817.

Em 1821, eleito, pela Bahia, deputado às Cortes, em Lisboa, revelou-se partidário da independência do Brasil, o que motivou a fúria de seus colegas portugueses.

Regressando ao Brasil, fixou residência em Pernambuco. Desenvolveu grande atividade política, utilizando para isso a Gazeta de Pernambuco e o jornal “Sentinela da Liberdade”, ( por ele fundado, em abril de 1822).

Durante o tempo em que militou na imprensa pernambucana, denunciou as tendências absolutistas de D. Pedro I.

Liderou a resistência às forças portuguesas, comandadas pelo General Madeira, da qual resultou a vitória do Exército Libertador, em 2 de julho de 1823.

Proclamada a independência do Brasil, foi eleito deputado à Assembléia Constituinte, pela Bahia. Eleito, preferiu continuar na redação do Sentinela, em Pernambuco. Utilizando um discurso combativo e agressivo, posicionou-se a favor das idéias republicanas e da autonomia das províncias. Assim sendo, foi preso, em novembro de 1823, e confinado na fortaleza de Brum, em Recife.

Solto, continuou com a mesma postura, utilizando para isso, a imprensa clandestina.

Novamente preso, foi conduzido para a Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde permaneceu de 1823 até 1830.

Quando deixou a prisão, tinha mais de setenta anos de idade.

Abolicionista convicto, foi um dos primeiros a defender a libertação dos escravos.

Ao sair da Fortaleza de Santa Cruz, abandonou a política e passou a ensinar francês, em Natal, no Rio Grande do Norte.

Faleceu, naquela cidade, em 7 de junho de 1838.








 

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